quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Então Bom Natal!



Natal Coca Cola

Puts, tá chegando o Natal - a melhor época do ano para alguns e a pior para outros. Não sei. Com o tempo fui perdendo o tesão pelo Natal. Época de celebrar com a família? Super legal, meu. A minha, ceia às oito horas da noite, assiste a novela das nove da REDE GLOBO e vai dormir logo em seguida! Eu, há algum tempo procuro ir à casa de amigos, beber um pouco e comer churrasco. Me divirto bastante até. Mas ainda sonho com "O NATAL DA COCA COLA!" Como queria um Natal como aquele o qual todos os familiares estão reunidos na mesa, conversando e rindo sobre os acontecimentos do ano ou relembrando as velhas histórias de família a qual todos presenciaram aqueles momentos inesquecíveis. Quanto à ceia, não reclamo, pois a minha vó é uma ótima cozinheira e comida é o que não falta... mas parece que falta algo. Não é mais aquela sensação que tinha quando era criança - e que gostaria de ter novamente.



Na verdade, não se trata apenas de uma época de confraternização. Trata-se das relações com as pessoas. Como as relações se transformam durante o tempo ou como as pessoas são lembradas pelas outras durante uma época ou pelo resto da vida - ou até mesmo, como certas épocas se transformam com o decorrer de nossa vida.


Por exemplo: você pode conviver com uma pessoa. Todos os dias vê-la, conversar com ela, discutir com ela, partilhar segredos e comentários, criando um vínculo. Se depois de algum tempo perder contato com ela e depois de outro tanto de tempo voltarem a conversar, como vai ser sua relação após isso? Será que o modo como vão se tratar será o mesmo? Será que você vai ter coragem de compartilhar um segredo que ninguém saiba e que em algum momento, você pôde confiá-la para tal? Bem, dependendo da situação, sim ou não. Se essa pessoa já te deu um voto de confiança, por que não contar, certo? Talvez. Vendo um exemplo contrário: Durante um período de tempo, você via um(a) colega algumas vezes só, seja uma ou duas vezes por semana, ou por mês. Conversavam normalmente, mas não tinham aquele vínculo como você tem com seu companheiro de todos os dias. Nunca confiou-lhe para contar segredos ou situações pessoais. De repente, necessita desesperadamente desabafar algo e a única pessoa do mundo possível e disponível no momento é essa pessoa a quem você apenas tem uma relação superficial. O que você faz? Decide conversar, pois essa pessoa demonstrou ser "legal" e "até pode ser confiável" ou deixa quieto e espera até aparecer alguém que você confie de verdade? Depende também. Às vezes, podemos nos surpreender. Pode ser que durante esse momento que seu amigo esteja ausente, algo aconteça e sua personalidade se transforme para uma pessoa menos confiável. Pode acontecer - seja por influência de outros "amigos", seja por problemas pessoais - vai saber. Ou até mesmo, aquele colega de trabalho, de curso, de ônibus, lanchonete... pode ser a pessoa mais confiável do mundo e vc ainda não tenha tido oportunidade para isso. Ou o contrário, né. O importante é darmos oportunidade para descobrirmos melhor as pessoas. Tentarmos desvendar seus mistérios, entendê-las! Dar chance à algumas pessoas que podem nos surpreender e nos confortar com o jeito como outras agem.


Agora, com relação à certas épocas, é claro que mudam. Citando o Natal como um exemplo, digo que quando era criança, esperava pelo Papai Noel sentada na porta da sala, ao lado de minha prima - que agora é casada e tem uma filha, que deve pensar do mesmo jeito que eu, na época. Como era demais ir dormir e acordar no dia seguinte, com o presente (no caso, brinquedo) dos seus sonhos embaixo da árvore de natal. Eu chorava de emoção ao ver a casa da Bárbie ou a Bárbie princesa, aquela mais cara de todas as outras Barbies, a qual meus pais tiveram de trabalhar dobrado para conseguirem comprar (sim, eu fiz a minha mãe trabalhar para comprar o palácio da Barbie pra mim há uns 13 ou 14 anos atrás). Agora, para mim, tanto faz como tanto fez ganhar um presente. Não tenho a mesma empolgação, afinal sempre ganho as coisas que eu quero durante o ano (ganho, pois não trabalho então meu pai quem compra, e de qualquer jeito estou ganhando). Nesse ano, preciso de um Notebook. Eis o que vou ganhar: Um notebook. No começo do mês, ganhei uma prancheta de desenho. Você deve estar pensando que eu sou mimada, não faço nada da vida e estou escrevendo isso só pra me gabar. Não. Meu propósito, caro leitor, é dizer que conforme os tempos mudam, necessidades mudam. Óbvio, né (e no meu caso, a época de natal não mudou porque ainda ganho presentes). O que mudou com o tempo, foi que a magia acabou. Parece que algumas pessoas se transformam nessa época. Vizinhos competem pela melhor decoração, crianças brigam pelo melhor presente, parentes discutem pelo local da ceia ou até mesmo, pessoas que não se vêem ou conversam durante o ano inteiro DE REPENTE se tornam amigos de infância ou passam a se amar, como se fosse a coisa mais comum do mundo...enfim... toda essa coisa que durante o ano, não acontece. Concluindo: o Natal tem esse propósito de reunir as pessoas, e todo o blábláblá, mas o interesse principal é trocar presentes, beber e não trabalhar, mesmo porque, NINGUÉM LEMBRA DO NASCIMENTO DE JESUS - nem eu.

Então, este seria o melhor momento para refletirmos em nossas relações com as pessoas, com os acontecimentos e as transformações que ocorrem durante o decorrer da vida. Afinal, quem não gostaria de voltar ao tempo de criança e ressentir aquela sensação tão maravilhosa de abrir os embrulhos de presentes deixados pelo Papai Noel na madrugada?!


By Happyness not for sale
Música: In Parentheses - Charlotte Martin

2 comentários:

  1. Editar Anônimo disse... O natal “Coca Cola”, sempre sonhei com um desses, vou confessar ainda sonho, mesmo sabendo que ele nunca vai existir, nada nunca vai ser tão perfeito, sempre vai faltar alguém naquela enorme mesa. Interessante como nesta data, uma magia toma conta do ar, tirando a hipocrisia de alguns parentes que querem comer de graça, acho que mesmo todo mundo sendo bombardeado pela mídia com propagandas que nos fazem nos sentirmos obrigados a presentear quem nós amamos, como forma de demonstra esse amor (isso acontece em todas as datas importantes, tem um detalhe, quanto mais caro o presente, mais você ama a pessoa ),acho que ainda existe um clima de união,que é o verdadeiro espírito do natal ,mesmo que todos esqueçam do verdadeiro motivo que é o nascimento de Jesus,de algum modo “o amor ,a solidariedade,a compaixão,estão mais presentes.Talvez o maior presente para o dono da festa , “o aniversariante”, é ver uma coisa fundamental acontecer, o amor de uns pelos outros,estranho como esses sentimento somem ,num prazo de 2 semanas ,poderia ter um natal toda semana.

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  2. Quem não queria um natal "Coca Cola" né. Eu acho que cada um, na verdade, tem o seu. Só o fato de estar compartilhando o momento com a família, com as pessoas que você ama, já é especial, mas aquele brilho, aquela magia (que um dia tive - na época de criança) ainda falta. Acho que um dia todos teremos nosso final feliz, nosso Natal Coca Cola. Espero eu. :D

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